Manifesto
O sistema
Esse é um manifesto contra o sistema que devagar roe e persiste .
No Brasil, no ensino de idiomas, não se passa nada, nunca nada.
Todos os dias continua-se fazendo as mesmas coisas, as mesmas inutilidades: a gramática, as aulas expositivas, os textos sem sentido, os vídeos, os apps.
O idioma passa a ser um bibelô a ser explicado por quem entende, o foco é no professor famoso, não no objetivo do aluno. Repete-se o método, mudam se os nomes.
Petrificam essas inutilidades em cursos longos e módulos extensos pintando a ideia errônea de que apenas um curso ou material vai levá-las a uma suposta fluência mágica.
Petrificam-se os hábitos lentamente acumulados pela repetição, afinal, “todos estão fazendo isso”.
Aqui se enterram todos os nossos sonhos… Vergonha fazem sentir aqueles que não conseguem seguir o sistema.
Aqueles que desistem, têm a eles mesmo imputado a culpa.
O sistema é sempre inocente.
Mora aqui a insignificância do sistema. Ele não liga para você.
Criou-se um exército de colecionadores de cursos que ainda não são fluentes.
Prendeu-se em promessas, abandonou-se os resultados.
O tempo moe, o resultado é uma esperança.
O sonho vagamente vai se apagando.
Se e pudesse restringiria esse sistema a um tom neutro, a um só cheiro: o bolor.
Entretanto a ambição não avança um pé sem ter o outro fincado em terra.
Dessa necessidade de resultados firmes, dessa ambição quente nasceu a Resistência.
A resistência
Um grito contra o sistema, contra as inutilidades que se pregam por aí serem as certas para alcançar o sonho da fluência.
Cada membro, um sonho, uma ambição.
Cada passo um resultado.
Uma comunidade construida ao entorno de uma ideia simples: entender a arquitetura dos idiomas para gerar mais resultado com menos energia.
Um sistema que usa a chave dos idiomas para ser fluente.
Cada palavra aprendida, aquela que dá o maior resultado.
Cada exercício feito, um passo rumo à fala fluente.
Cada pessoa devidamente ouvida e a ela criada um protocolo que se encaixe ao objetivo de cada um e que respeite o tempo que cada um terá.
A resistência fomenta o seguir do coelho branco, entrar na toca da Alice e descobrir, por trás de cada novo idioma aprendido, um novo mundo que até então estava fechado.
Lá do outro lado, a reação de cada membro que sai do sistema não é senão esta:
Se eu tivesse achado a ladeira suave e a subida um pouco longa, ainda teria sido desculpável, mas era um precipício tão abrupto e tão escarpado que desde as seis primeiras palavras compreendi que me alçava a um outro mundo; de lá descobria o atoleiro de onde vinha, tão baixo e tão profundo, que nunca mais tive coragem de descer ali de novo." — Montaigne.